Sexta-feira, 13 de Maio de 2005

INFANTE D. PEDRO, de Carlos Maia Neto

inf_d_ped0.jpg

Nobre português, filho de D. João I e de D. Filipa de Lencastre, nasceu
em Lisboa em 1392 e morreu na Batalha de Alfarrobeira, em 1449. O infante D.
Pedro é considerado um dos príncipes mais cultos do seu tempo.
Com seus irmãos D. Duarte e D. Henrique, participou, em 1415, na
conquista de Ceuta, sendo encarregado de organizar a frota das gentes do
Sul. Com eles foi armado cavaleiro, por seu pai D. João I, na mesquita de
Ceuta, após a conquista. No regresso, D. João I doou-lhe o ducado de
Coimbra e outros senhorios. Desejoso de conhecer novos mundos e ávido de
outros conhecimentos e sentindo-se desaproveitado, entre 1418 e 1428 vai
percorrer a Europa até à Palestina, ficando conhecido pelo cognome de
"Príncipe das Sete Partidas". Nesse período vai participar na luta contra os
Hussitas e os Turcos. Regressa desta longa viagem em 1428, indo para o seu
ducado de Coimbra, aí fixando residência, dedicando-se à agricultura e ao
estudo, e casando em 1429 com D. Isabel. O infante D. Pedro era contrário à
continuação das conquistas no Norte de África, embora viesse a colaborar na
expedição a Tânger, de maus resultados. Por outro lado, era a favor da
exploração marítima, tendo procurado, durante as suas viagens, recolher
todos os elementos que pudessem ajudar seu irmão, o infante D. Henrique, na
tarefa dos Descobrimentos.
Com a morte do irmão, o rei D. Duarte, em 1438, fica como regente a
rainha D. Leonor, pois o herdeiro, D. Afonso V, ainda era menor. Mas dada a
oposição popular, nas Cortes de 1439 foi nomeado o infante D. Pedro como
regente do reino, ficando ao mesmo tempo encarregue da educação do futuro
rei D. Afonso V e sendo D. Leonor desterrada para Castela. Durante a sua
regência, D. Pedro procede à reforma da Universidade, fomenta a expansão
marítima e avança com a reforma administrativa, publicando as Ordenações
Afonsinas (1446).
Em 1446, D. Afonso V atinge a maioridade e assume o poder, mas mantém o
tio, o infante D. Pedro, ao seu lado, vindo a casar com a filha dele, D.
Isabel, em 1447. Mas parte da nobreza, sobretudo seu irmão bastardo D.
Afonso, intriga e conspira contra D. Pedro, o que leva ao seu afastamento da
corte, em 1448, regressando a Coimbra. Mas as intrigas continuam, o que
originou o confronto entre as duas partes, na Batalha de Alfarrobeira, em
que o infante D. Pedro vem a ser morto.
Como marca da sua grande cultura conhecem-se várias cartas de grande
valor histórico. D. Pedro escreveu ainda o tratado da Virtuosa Benfeitoria e
traduziu várias obras de Cícero, Séneca e Virgílio.
publicado por António Luís Catarino às 14:19
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2 comentários:
De Anónimo a 17 de Maio de 2005
olahh stor!!!!! vim comentar o blog d 7ºa porque o stor deixou.nos......!!!!!!!!! os trabalhos estao muito interessantes...incluindo este....claruhh!!!!! a ideia d rute** foi fixe...espero que se concretize.....=P.........!!!! m. joao 7ºc
</a>
(mailto:mariajgoncalves@hotmail.com)
De Anónimo a 13 de Maio de 2005
E o prometido foi devido! Cá está então o trabalho sobre o Infante D. Pedro muito injustiçado, quanto a mim, no lugar relativamente modesto que detém na História. Mas não há nada como o blogue do 7ºA e o teu sentido de justiça para repôr alguma verdade a esta figura. Já reparaste nas viagens que efectuou? Os contactos que tinha e as invejas que provocou na Corte? E vais perceber que ele entendeu, primeiro que todos os outros que os Descobrimentos deviam ser a prioridade de Portugal ao invés das conquistas do Norte de África que não nos levaram a lado nenhum! Infelizmente nós hoje sabemo-lo. Bom, mas isto será matéria para o 8º ano e eu já me estou a entusiasmar... Parabéns, Carlos!Prof. Luís Catarino
</a>
(mailto:skamiaken@sapo.pt)

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