
A 8 de Setembro de 1819 nasce António Maria Fontes Pereira de Melo.
Filho de João Fontes Pereira de Melo e de D. Jacinta Venância Rosa da Cunha Matos. Entrou aos 13 anos para a Academia dos Guardas-Marinhas, tendo obtido todos os prémios possíveis. Tendo acabado de forma brilhante o seu curso na Academia quis estudar mais e formou-se em engenharia também com muito bons resultados.
Em 1839 seu pai foi nomeado governador de Cabo Verde e Fontes Pereira de Melo vai com ele como seu ajudante. Tendo visitado todas as ilhas, tenta mostrar ao pai a importância do desenvolvimento da província.
Aí apaixona-se por D. Maria Josefa de Sousa, filha de um comerciante cabo-verdiano, com quem casa antes de regressar a Portugal.
Pouco tempo depois de chegar a Lisboa morre sua mulher e mais tarde sua filha. Com tanto desgosto fecha-se em casa e só a guerra o faz voltar à política.
Ao longo da sua vida teve vários cargos (Fidalgo da Casa Real, do conselho de Sua Majestade e do conselho de Estado, deputado, chefe do Partido Regenerador, ministro e secretário de Estado em diversas épocas) que o tornaram um dos maiores políticos do seu tempo.
Convidado pelo duque de Saldanha para ministro da fazenda, Fontes Pereira de Melo consegue em pouco tempo, com as medias que tomou, tirar Portugal da pobreza. Ao mesmo tempo criou o Instituto Industrial e o Instituto Agrícola.
Ao criar o ministério das Obras Públicas Fontes Pereira de Melo inicia o desenvolvimento de Portugal. Mandou construir 460 quilómetros de estrada e fizera ainda 17 pontes, arranjou um subsidio para a navegação em barcos a vapor no rio Tejo e no Sado conseguiu também introduzir a telegrafia eléctrica.
Para poder fazer todas estas coisas era preciso pedir empréstimos aos países vizinhos, o problema e que Portugal se atrasava nos pagamentos, o que tornava mal visto na sociedade.
Era preciso mais dinheiro para fazer os caminhos de ferro mas como o iriam arranjar? Foi então que Fontes Pereira de Melo partiu para Londres na tentativa de mais um empréstimo, mas tinha uma simpatia tal, e era tão bem visto na sociedade que conseguiu convencer, que lhe fizessem um novo empréstimo de uma grande quantia (aproximadamente13.500.000contos).
Nos anos que se seguiram foi convidado, várias vezes, a formar governo.
Fontes Pereira de Melo morre, de doença rápida, a 22 de Janeiro de 1887.