Domingo, 22 de Maio de 2005

ENTREVISTA - ANA LUISA AMARAL, poeta portuense. Por Teresa Beires.

ana_luisa_amaral.jpg

1-Desde de que idade começou a escrever?
O meu primeiro poema escrevi-o quando tinha apenas 6 anos.

2-Lia muito em pequena?Que tipo de livros?
Sim, especialmente de aventuras. Gostava muito do Zorro.Também lia muitos contos de fadas.

2-Onde se inspira quando escreve as suas obras?
Qualquer coisa. A minha filha, as pessoas à minha volta, um sentimento ou até um acontecimento marcante, por exemplo na obra “Gaspar o Dedo Diferente” inspirei-me num corte que fiz na mão.

4-Além da sua obra poética, em 1998 editou um livro infantil “Gaspar, o Dedo Diferente e outras histórias”. Qual a razão que a levou a escrever um livro para crianças?
Primeiro começei por escrever os contos para a minha filha, que nessa altura tinha 8 anos.Depois, é que pensei em editá-los.

5-Já escreveu algum livro de poesia para crianças?
Já. A Aranha Leopoldina, foi uma experiência nova e divertida.

6-Quer dizer um ou mais versos que saiba de cor e que goste especialmente?
Sim, um dos versos do meu novo livro que vou editar em breve “Poema á palavra”-
(..)Eu: queimando por versos um segundo, tu, por um som ardendo eternidade…)

7-Qual o poeta que mais a marcou?
Fernando Pessoa.

8-Quer deixar algum conselho aos jovens que não gostam de ler e muito menos de poesia?
Sim, um livro é como um amigo, às vezes quando os amigos não estão por perto podemos sempre contar com o livro, além disso é muito importante ler em voz alta para nos deixarmos embalar pelas palavras.

Um Poema de Ana Luisa Amaral:

Músicas

Desculpo-me dos outros com o sono da minha filha.
E deito-me a seu lado,
a cabeça em partilha de almofada.

Os sons dos outros lá fora em sinfonia
são violinos agudos bem tocados.
Eu é que me desfaço dos sons deles
e me trabalho noutros sons.

Bartók em relação ao resto.

A minha filha adormecida.
Subitamente sonho-a não em desencontro como eu
das coisas e dos sons, orgulhoso
e dorido Bartók.

Mas nunca como eles
bem tocada
por violinos certos.

Ana Luísa Amaral
«Minha Senhora de Quê»
publicado por António Luís Catarino às 16:48
link | comentar | favorito
1 comentário:
De Anónimo a 22 de Maio de 2005
Cara Teresa: é com indisfarçável orgulho que aqui coloco a tua entrevista com Ana Luisa Amaral que devia ser muito mais conhecida nas escolas do que realmente já é. O primeiro poema dela li-o ainda andava meio perdido em Coimbra e foi num livro da Fora do Texto (a antiga Centelha) onde colaborei por gosto das coisas dadas às Letras. Mal sabia eu que, mais tarde, no Porto, uma aluna minha que por acaso (será por acaso?) é excelente me reapresentou uma poeta que gosto muito. Uns parabéns um pouco, enfim, mais para o emocionado. Continua e que esta entrevista te obrigue a saber o mistério das letras e da poesia. Força!Prof. Luís Catarino
</a>
(mailto:skamiaken@sapo.pt)

Comentar post

.mais sobre mim


. ver perfil

. seguir perfil

. 1 seguidor

.pesquisar

.Maio 2006

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

.posts recentes

. Um aviso à navegação e ao...

. SOBRE A METODOLOGIA E PRÁ...

. Olha!, mais uma revista s...

. DESCOBERTO CEMITÉRIO ROMA...

. ATENÇÃO A ESTE FILME HIST...

. UMA PROPOSTA DE FIM-DE-SE...

. CALENDÁRIO ESCOLAR 2005/2...

. Crianças, telemóveis e o ...

. UM FILME A NÃO PERDER: «C...

. GRAFFITI: UM CRIME DE ART...

.arquivos

. Maio 2006

. Fevereiro 2006

. Janeiro 2006

. Dezembro 2005

. Novembro 2005

. Outubro 2005

. Setembro 2005

. Agosto 2005

. Julho 2005

. Junho 2005

. Maio 2005

. Abril 2005

. Março 2005

.favoritos

. E o homem com livros cont...

blogs SAPO

.subscrever feeds